Eu tenho um plano, meu par:
Para ele dar certo precisamos ser bons ouvintes.
Atentar ao que faz o outro suspirar, o que o enrubrece (de cólera ou vergonha) ou o faz sorrir amarelo. Entender porque o outro vê o mundo assim e não assado.
Querer saber das suas viagens e querer viajar junto. Pra praia, pra Rita Lee, pros bons sonhos, pro Japão.
O sucesso do plano depende de sermos bons amantes. De olhos nos olhos, beijos na nuca, mãos tocando as faces e desejo de atravessar a pele, de querer sorrir no seu sorriso, de compartilhar um êxtase.
Em todos os passos precisamos ser bons cúmplices.
Cuidar do descanso do outro, fazê-lo expandir seus limites, saber abaixar quando a espada do outro vai passar e dar "pézinho" pra ele pular o muro.
O resultado do plano é meio incerto. Tudo que ele garante por enquanto é um bom presente.
E aí?
Bora?