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3.12.11

Vida Inteligente - Parte I


Outro dia, após sair de uma festa de aniversário de uma amiga atriz e cantora que admiro muito, um amigo e eu decidimos andar em direção à Av. Paulista pra encontrar algum bar e seguir papeando, bebendo, talvez varar a noite.

Enveredamos pela Rua Augusta, conversando sobre o conceito de “flanar” (andar sem rumo e sem pressa, pelo prazer de andar e observar a cidade).
Em dado momento, aproximadamente 2h da madrugada, já próximos à Paulista fomos abordados por um cara.
Antes que terminasse sua primeira frase eu o reconheci: Carlos Eduardo. Dinamite.
O cara que encontrei em setembro e me motivou a escrever o texto “Na rua”.

Pra resumir bem: Carlos Eduardo é um morador de rua, engajado na organização de comunidades na rua, onde todos compartilhavam o que tinham e se ajudavam mutuamente. Sua última comunidade (umas 20 pessoas) permaneceu junta por aproximadamente 3 anos na região próxima do metrô Paraíso. Em julho eles foram atacador por uma gangue de skinheads e se separaram. Desde então ele vagou um tempo com um amigo e depois passou a andar sozinho.
Havíamos tido uma longa conversa na primeira vez que nos vimos e agora a vida nos colocava de novo no caminho um do outro.

Ele estava um pouco mais “marcado” do que no dia em que nos conhecemos.
Perguntei se ele se lembrava de mim, falei de nosso outro encontro e ele se recordou. Me pediu pra contar pro meu amigo como ele era. Meu camarada estranhou um pouco a situação mas logo relaxou, conforme eu contava resumidamente sobre nosso primeiro encontro e sobre como eu considerava o Carlos uma pessoa forte.
“Fala pra ele. Eu não era um cara que lutava pelos meus ideais? Que tentava fazer a diferença?”

Depois de algum tempo falando sobre isso ele confessou: “To cansado da vida”.
Ele dizia estar cansado de se dar mal por pensar da forma como pensava, por acreditar no que acreditava e como isso o impedia de se adaptar à sociedade.

Um pouco bêbado, perguntou se não podíamos pagar uma pinga pra ele.
Pediu desculpas por estar bebendo, pois como havia dito, tava cansado e precisava desligar um pouco.
“É bom sumir. Assim ninguém te enche o saco.”
Subimos a rua, achei um bar e entramos pra comprar a pinga e seus outros três pedidos, que ele fez um pouco encabulado: Um cigarro, um isqueiro e uma coxinha.
Compramos duas coxinhas.
Ele esperava do lado de fora – “Faz uma experiência: Fala pro cara do bar que as coisas são pra um morador de rua pra ver o que ele faz.” 
Eu preferi dispensar a experiência.
Ao entregarmos as coisas, ele guardou as coxinhas dentro do saco transparente (onde levava umas latas que havia pegado pelo caminho) e perguntou “Posso virar a pinga?”
Claro.

Dentre as coisas que conversávamos, ele falava sobre porque estava tão triste. Sempre com um olhar bravo e questionador, com a voz firme.
“Eu não to inserido nisso aqui (apontando pra cidade ao redor) Não quero estar”
“É muito difícil acreditar numa coisa e não poder falar. Então, lamentavelmente, é melhor eu ficar quieto”
“Eu tinha uma família, agora não tenho mais”
“Eu to bebendo pra vestir uma máscara, pra ser o que as pessoas querem ver. Ninguém quer alguém falando pra elas olharem pro mundo”
“Nasci pra ser líder, é minha natureza, eu sou assim”
Às vezes ele ria nervoso, com muita tristeza e descrença nos olhos, mas sem perder a força no discurso.

Falei pra ele da ocupação do movimento sem-teto do centro num conjunto de prédios na Av. Prestes Maia, na Luz, onde uns amigos montaram um centro cultural. Falo sobre como ele pode achar um espaço e pessoas pra tentar lutar pelo que ele acredita, até consigo um papel com uma garçonete pra anotar o endereço. Coloquei meu telefone também.

Ele não dá muita importância pro endereço. Insisto nesse ponto várias vezes ao longo da conversa, sempre que ele retoma o ponto da solidão.
“Cara, é foda. Tenta aparecer num lugar desses sendo um morador de rua. Não é lindo assim, te deixam entrar numa boa”

Conversa vai, conversa vem.
“Você (aponta pro meu amigo) me pagaria outra pinga?”
“Acho melhor não” respondeu ele.
“Gostei de você. Da sua certeza. E você?” (apontou pra mim)
Eu pagaria.
“Por que?”
Porque você tá pedindo e eu não tenho moral pra te julgar, pra dizer que isso é errado.
Entrei comprei outra dose de velho barreiro e um chocolate lancy.
Saí e entreguei pra ele. Acho que um chocolate caia bem.
“Caaaara! Meu irmão! Como você pensou nisso.”
Ele ficou muito agradecido, meio inconformado.
“Por que você faz isso? Por que você se compadece?”
Não sei cara. É minha natureza.

Virou de novo a pinga.
“Eu viro pra ficar doidão logo”
Acendi um cigarro pra nós. Passei pra ele.
“Não sei o que Deus fez contigo, que te deu a ingenuidade. Só que às vezes, lamentavelmente, a ingenuidade pode ser perigosa.”
Então ele se virou pra nosso amigo. “Sem saber, ele me deu um abraço, em mim, que sou um cara que tá na rua, que ele conheceu do nada”
“Esse encontro é muito importante. Isso meus irmãos, é a coisa mais importante que existe.”

...

Não se enquadrar.
Independente.
Ir embora.
Viver.
...

Seguimos nosso papo até umas 4h40’, hora do metrô abrir.
Ele nos passou seu e-mail. (“A galera se assusta quando eu falo que tenho e-mail. Não sou burro, só não consigo ver sempre.”
Então nos despedimos.
“Seja forte” Dissemos um pro outro, mais uma vez.

Demos um forte abraço.
Ao descer a rua ele fez mais um pedido (o que mais marcou, aliás):
“Não se esqueçam de mim!”

Como esquecer? 



continua...




9.11.11

Um dia, um mês, um ano...

Eu só preciso de uma cama.
Um hábito novo. Um bom dia. Um olho que bota reparo em onde nasce o sorriso.
Acordei tarde, adiantei trabalhos, fiz compras, almocei (ruffles, coca, miojo e ovo mexido com queijo e pimenta), vi um filme bonito indicado por uma pessoa bonita.

Penso no mês que passou.
Eu achando que a garoa dessa terra iria esconder a água que bate nas minhas janelas mas não, eu vejo seu transbordar enquanto sussurro canções que não escrevo.

Vou pisando no acelerador mesmo sabendo que o freio de mão tá puxado.
Vou arriando o motor. Sempre fui mais adepto do "quebra depois arruma".


Quero um dragão. 
Eu, como nerd que sou já cacei muitos, fui amigo de outros. Mas esse é diferente.
Me deixa acanhado. Minha última grande aventura me ensinou a ter cuidado com meu jeito de fazer às coisas, por vezes sufocante.
Estou agindo de um jeito novo. Ainda coerente com o que sou, mas com um cuidado diferente. 
É como estar desarmado num conflito. E eu que tenho treinado tão pouco nas artes de Marte, já não sinto que minha vida está só em minhas mãos. E agora não quero mesmo que esteja.


Nos filmes, eles acham que dá pra mudar à dois.
Quê que eu to falando?
"A felicidade requer egoísmo".
Eu.
Quero.




PS: Tem que ver o vídeo também!





22.10.11

Uma nova cara

Pra lembrar que a gente se transforma.
Porque novos olhares sobre nós nos afetam.

Porque hoje estou em paz.

Ich bin der Wind.


13.10.11

A seta e o alvo

(Paulinho Moska)

Eu falo de amor à vida
Você de medo da morte
Eu falo da força do acaso e você de azar ou sorte
Eu ando num labirinto e você numa estrada em linha reta
Te chamo pra festa mas você só quer atingir sua meta.

Sua meta é a seta no alvo, mas o alvo na certa não te espera.

Eu olho pro infinito e você de óculos escuros
Eu digo te amo e você só acredita quando eu juro
Eu lanço minha alma no espaço
Você pisa os pés na terra
Eu experimento o futuro e você só lamenta não ser o que era

E o que era? Era a seta no alvo, mas o alvo na certa não te espera.

Eu grito por liberdade
Você deixa a porta se fechar
Eu quero saber a verdade, você se preocupa em não se machucar.
Eu corro todos os riscos
Você diz que não tem mais vontade
Eu me ofereço inteiro e você se satisfaz com a metade

É a meta de uma seta no alvo, mas o alvo na certa não te espera.
Então me diz qual é a graça de já saber o fim da estrada quando se parte rumo ao nada?





2.10.11

Quase o anjo


Sou o vento.

Uma faca girando no espaço entre o arremesso e o alvo.
O impacto do acerto.

Saltando entre o instante e o não. Entre o agora e o que será.

Meu desejo é rasgar o finito.
O que transborda o corpo e precisa se dançar.
O punho cerrado no tronco de uma árvore.

Uma explosão. Os pedaços caindo um a um.           
O dedo em frente a boca que pede silêncio.

O outono que precisa chegar. 





17.9.11

Delitos e Deleites









Amor
com
fusão



















Giovani Baffo


9.9.11

Na rua

Mais um longo dia na terra da garoa.
Hoje fez uma semana desde que voltei a viver aqui.
Entregar projeto na secretaria da cultura, comprar lentes de contato, rever um dos irmãos da vida e depois comprar umas coisas na Paulista.

Tem sido engraçada a sensação de estar em São Paulo com tempo.
Na quarta-feira, saí de um ensaio e antes de pegar o metrô resolvi ver uma exposição na FIESP (obras do Nelson Leirner, recomendo fortemente). Hoje, na rua, parei por uns 10 minutos para ver uma menina praticando umas manobras de patins.
Estou me dando mais tempo. Não há porque ter pressa. Continuo andando rápido (algo que geralmente incomoda quem me acompanha), mas com mais calma.

Depois de encontrar as coisas que procurava, quando já estava indo embora, perto da estação Brigadeiro (indo em direção à Saúde) pensei: Vou andar um pouco mais, arejar a cabeça, quando eu achar que já deu, pego um busão. Acho que o Nietzsche que disse “Só confio nas idéias que tenho andando”.
Sempre gostei de andar (hábito que havia sido trocado por andar de bicicleta), e esse trecho me agrada além de ser muito familiar.

Bem, passada a estação Ana Rosa comecei a esboçar uma letra de música na cabeça e resolvi gravar umas idéias no meu Mp3 Player.

Foi quando um cara que vinha da direção oposta começou a alterar sua trajetória pra se aproximar de mim. Ele trazia um papel na mão.
“Oi cara, por favor, eu não vou te pedir dinheiro nem tentar roubar teu celular”
Beleza, nem é um celular, é um gravador. Eu tava gravando umas coisas enquanto andava
“É a melhor coisa que cê faz, se eu tivesse um desse já tinha escrito um livro.”
Foi assim que Carlos Eduardo “Dinamite” entrou na minha vida.

Morador de rua, encabeçava um grupo de moradores de rua que havia se dissolvido após um ataque de skinheads em julho. Trabalhava catando metal, mas teve seu carrinho confiscado pela polícia recentemente. Desde julho havia passado por outros bairros e cidades e agora estava sem grana morando na Zona Leste numa casa abandonada. Ele havia saído pensando em ficar perto de um mercado para pedir que pessoas comprassem algumas coisas para ajudá-lo.
Ele trazia uma listinha, anotada num papel de bar com os itens:
Sabão em Pó, Masso de velas, Arroz, Macarrão, Ovos e Leite em pó.
Resolvi ir com ele até o mercado ali perto comprar umas coisas. Foi quando perguntei o nome dele, me apresentei e falei pra ele sobre como algumas pessoas acham que Cauê é apelido de Carlos Eduardo. Ele me contou que apelido dele, “Dinamite”, veio por ele gostar muito do Malcom X e por estar sempre envolvido em lutas pelos direitos sociais.
Contou sobre o ataque dos skinheads e sobre a entrevista que deu. E disse para eu procurar na internet pra eu ver que não era mentira, que eu tava "ajudando uma pessoa de verdade". (http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2011/07/05/skinheads-presos-na-zona-sul-de-sp-queriam-matar-dizem-vitimas.jhtm)

Ele disse como havia superado a depressão e encontrado alegria de viver na rua com a comunidade que ele havia formado (17 pessoas segundo ele), como eles cozinhavam na rua com latas de óleo (e a vez que ele acidentalmente explodiu um desodorante spray), como ele ensinava o pessoal com menos tempo de rua a botar uns papelões pra isolar o frio. Contou que ele e um camarada, o Samuel, tinham gasto R$170 no carrinho pra pegar metal (“Tipo um desses que usam pra vender cerveja, mas maior, com umas rodonas assim ó...”)
O carrinho foi levado por guardas do projeto Limpeza Urbana (acho que é esse o nome). Parecido com o Tolerância Zero, de Campinas – dá sumiço em moradores de rua ou pelo menos complica suas vidas.
Ele e o Samuel já tinham ido pra Brasília (Pensaram assim: o Legião Urbana e
várias outras bandas legais são de Brasília, lá deve ser um lugar legal pra morar, com condições boas) depois pra Goiânia, e quebraram a cara nas duas vezes. Agora, de volta à São Paulo, eles haviam se separado.
Ele me mostrou o cobertor que sempre leva na mochila (“Nunca se sabe, já passei muito frio nessa vida”)

No mercado fomos pegando as coisas.
Ele: “Pega o mais barato, por favor”
Pegamos o sabão em pó e ele disse “pô, agora tenho como lavar umas roupas, é o básico pra eu conseguir ir numa entrevista de emprego”
Velas
“To numa casa abandonada, não tem luz, água”
Tem uns fósforos?
“Pô... não tem não...”
Pega aí, vamos levar.
Depois
“Posso te pedir pra trocar uma das coisas?”
Claro.
“Posso trocar o macarrão por barbeador?”
Opa, borá lá.
“Aí fico melhor, vou fazer umas entrevistas de emprego. Cara eu te peço perdão por estar tendo que pedir isso”
Cara, relaxa.
“Cara, você pode comprar uma fruta?
Claro, do que que você gosta?
“Só uma manga, já seria lindo”

Chegamos no caixa. Ele sem saber direito como agradecer e eu meio sem saber como demonstrar que tudo bem. Olhei pras coisas tentando raciocinar se eu podia ajudar mais. Perguntei se ele tinha um sabonete.
“Não tenho nem escova de dente”.
Então peraí.
Fui peguei uma escova, uma pasta e um sabonete. Voltei.
“Cara, pra não te deixar constrangido, acho que eu vou esperar lá fora”
Não precisa.
“Cara, é que eu to meio mal, vou ali fora tomar um ar”
E foi até a saída, com a cabeça visivelmente cheia.
R$40,15 depois, saí para encontrá-lo sentado na calçada do lado do mercado. Sentei na frente dele com as sacolas.
“Cara, perdão. É que eu fiquei transtornado com isso de ficar falando sobre como perdi as pessoas que eram minha família. Perdi meu carrinho que era meu sustento e agora estou nessa situação tendo que pedir. Isso mexe com a gente. Deixa a gente se sentindo mal. Perdão por eu ter que te pedir essas coisas”
Ele me pedia perdão por estar sem trabalho, por estar pedindo.
Ele pediu perdão. Eu disse obrigado.

“Tem hora que a gente não sabe o que fazer nessa condição”
Por mais que eu diga que imagino, ou entendo, tudo que eu posso dizer é pra você ter força. Usa essa ajuda que eu to dando pra se fortalecer e ir atrás de algo pra seguir em frente.
“É... é isso mesmo. Força.”
Nos cumprimentamos. Mãos cruzadas.
Conversamos mais um pouco e depois fomos cada um para um lado.

...

Penso em outras pessoas que cruzaram meu caminho. O homem de paletó e bons sapatos.
O cara do texto abaixo, escrito em 21 de fevereiro:

1 da manhã. Chegando em casa de um trabalho. Estou cansado.
E o morador de rua revira o lixo do meu vizinho. Ao entrar já vou repassando na cabeça o que tenho na cozinha pra oferecer para o cara. Só passa pela minha cabeça um pacote de bolachas. Vou pegar e ofereço: Maluco, cê qué um pacote de bolacha? Ô irmão, não ouvi peraí (se aproxima) Que foi? Qué umas bolachas? Ôô brigado irmão. Me fala um negócio, você num tem aí uma garrafinha de água gelada pra me arranjar? Vixi, tem água normal, a gente não gela água aqui. Pô, beleza é que eu tenho uma aqui que tá quente, mas valeu irmão. Magina, boa noite aí. Boa semana pra você. Esqueci de oferecer pra trocar a água do cara, pelo menos. Outro dia o mesmo cara tava passando e pediu justamente pra trocar a água da garrafinha que ele tinha
Fui tomar banho, penso se o cara tem onde dormir e porque um dia não convido ele pra entrar? Penso também no risco para com nossas posses. Idiota. Isso ainda vem antes do ser humano...

Uns 20 minutos depois ele passa de novo, to na sala mas tem umas pessoas na “varanda” de casa. Ele: Ô, deixa eu perguntar uma coisa, vocês têm uma pontinha? Claro, diz um camarada e vai buscar. Enquanto isso ele encontra outro interlocutor e diz: arranjei ali um guaraná pra tomar com a bolacha que ta aqui (ergue orgulhosamente uma pet quase vazia com uma mão enquanto mostra uma bolsa com a outra). Aí uns caras vieram me chamando, saí vagabundo, drogado, aí fui saindo, os cara vêm arrumá confusão porque ta em três, mas  faço que nem minha irmã fala, pra que arranja encrenca com os outros?, vo indo embora. Se os cara me seguem ali até o morro, aí quem arranja encrenca são eles. (volta a ponta) Valeu, irmão, boa noite pra vocês.

Um dia será que eu vou embora?
Sempre me fascinam as histórias dos andarilhos. Dos sem teto.
Me sinto um merda!

Mas sigo preso
Não caibo em mim. É uma coisa. Não tenho palavras direito. Só quero ir embora.

...


Tem um lado que diz “Você gastou a grana pra deixar sua consciência limpa”

Se fosse isso eu devia ter ficado alegre depois, não? Orgulhoso? Só fiquei mal.

Por que ajudei ele, não outro?
Porque não comprei o macarrão além da gilete?
Porque não marquei um jeito para encontrá-lo?
Porque não falei pra ele da ocupação onde uma camarada meu realiza uns projetos artísticos?
Por que não fui conhecer o lugar onde ele tava?
Por que não dei minha garrafinha d’água?
Por que não perguntei se ele tinha papel higiênico?


O que fazer por um homem nesse estado ou num estado pior?
O que fazer?
O que?

7.8.11

Se oriente

Aiai, quanta abstração.
Quanto medo de querer algo.
Diz aí Gil:













A conversa que eu não quero ter

Ele: Não há nada que eu possa fazer pra trazer um sentimento de volta.
Ela: Porque eu? Por que você não vai além?
Ele: Não consigo...
Ela: Você tentou? De verdade?
Ele: Não sei... Sim.
Ela: Não posso fazer nada. Você foi embora. Precisei ir também. Ficar forte. Me faz mal ver você ficando assim. Não quero isso.
Ele: Eu errei.
Ela: Não diga isso.
Ele: Não sei mais o que pensar. Não to conseguindo ir além disso.
Ela: Eu não quero isso. Só vai fazer eu me sentir culpada.
Ele: Não se sinta.
Ela: Não tem como.
Ele: Eu olho pro que fiz, pra onde estou, não tem como eu não pensar que fiz merda, que perdi o que tinha de bom...
Ela: As coisas não iam durar do jeito que estavam, se não passássemos por alguma transformação...
Ele: Sim, mas agora passada a transformação, uma transformação, não está melhor pra mim. Eu fico muito feliz de ver você forte, linda, mas agora queria um jeito de ter um pouco disso.
Ela: Não quero isso. Não consigo mais. Quero ser mais do que eu podia.
Ele: Eu também! Quero mais... quero... de verdade...
Ela: Não consigo acreditar... você duvida de mim sempre...
Ele: Mas eu quero mudar... preciso. Eu não acredito muito mais nas coisas como eu acreditava antes. Meio na marra, to tendo que aprender. Se eu quero algo com você tem que ser diferente.
Ela: Eu preciso ser sincera...
Ele: Sempre.
Ela: Eu não quero mais isso... com você... Não consigo. Te olho e não são nos seus olhos que eu encontro o que preciso agora. Teus olhos me puxam pra trás, pra um lugar em que eu me escondo. Quero só o carinho sem cobranças, sem esse peso. Se não for assim, desculpa, não dá.
Ele: Eu sei, eu sei, euseieuseieuseieusei...
Ela: Pára, por favor...
Ele: Não sei o que fazer.
Ela: Você precisa fazer algo.
Ele: To com medo. Sempre tive.
Ela: Eu também, até que vi que não adiantava.
Ele: Eu não sei pra onde ir.
Ela: Ninguém sabe. Sai dessa...
Ele: Você ta tão linda.
Ela: Obrigada.
Ele: Deixa só... ai... deixa pra lá...
Ela: Não dá.
Ele: Tá bom... tá bom...

...
...
...


3.8.11

Tropel em si menor

Qualquer coisa um dia quem sabe um quase nada não dá pra ter certeza não é pra ter certeza só isso algo não previsto será que tem espaço que tenha não consigo não consigo não consigo deixa de ser negativo de ser fraco voa voa.
Durmo só mas não acordo sozinho.
Só quero acordar só quero acordar  ou talvez sonhar mais sonhar um pouco que seja sair e reencontrar algum milagre pequeno não comparar feitos desfeitas afeições cuidados não ter dor de dente de cabeça sair da cabeça.
Que o coração dispare para o corpo se mexer não pra travar.
O que eu faço o que eu faço.  
Ansioso para me acalmar.


Só eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu.
Ele disse: preciso de outro lugar fora de mim.
Como escrever se nunca pode ser o que se admira sem isso doer.
Caralho. 
Tanto tanto tanto tanto.




Será possível será.
Não voltar mas ir além.

23.7.11

Interlúdio

Meu carteiro só me traz contas.
E eu que sonho
já não tenho paciência pra vestir nenhuma pele.
minhas paredes descascando
e o mundo que vêm que pode ser qualquer coisa.
que música toca na terra da garoa?


termino um livro, feliz por saber cada vez menos.
só querendo um repouso.



6.7.11

Um a um

"Eu faço as minhas coisas e você faz as suas. Não estou neste mundo para satisfazer as suas expectativas e você não está neste mundo para viver conforme as minhas. Você é você, eu sou eu. E se por acaso nos encontrarmos será maravilhoso. E se não, não há nada a fazer."
Fritz Perls 
tradução Roberto Freire


proposta de continuação (autoria anônima)


Se eu faço unicamente o meu
e tu o teu
corremos o risco de perdermos 
um ao outro e a si mesmos
Não estou nesse mundo para 
preencher tuas expectativas
Mas estou no mundo para me 
confirmar a ti
Como um ser humano único para
ser confirmado por ti
Somos plenamente nós mesmos
somente em relação um ao outro
Eu não te encontro por acaso
te encontro mediante uma vida 
atenta
em lugar de permitir que as coisas
 me aconteçam passivamente
Posso agir intencionalmente para 
que aconteçam
Devo começar comigo mesmo, 
verdade,
mas não devo terminar aí;
a verdade começa a dois.




(livro "Ame e dê Vexame" -  Roberto Freire)

4.7.11

Nascido em 4 de julho.

Nascido em 4 de julho.
Sempre dia nublado. Chuva no final da tarde. (nesse não choveu - ainda).
Piadinhas com o independence day. Mas é hoje mesmo? É, é hoje.

Festa de aniversário (sempre antes de 4 de julho) era cortar bandeirinha em páginas de revista, juntar lenha pra fogueira, bolo da tia Inês. Lego. Tinha lego também. Esperar os primos e o Alex, separar a roupa favorita, saber que tem gente que não vêm - a casa é longe. Ficar acordado até muito tarde. Até todo mundo ir embora.
A festa era sempre antes da data porque a irmã (a quem preciso me referir como “a mais velha”, nos últimos 7 anos) faz aniversário no dia 22 de junho. 11 dias entre os dois. Pra agradar todos os cancerianos da casa, faziam a festa no meio. Calhava de ser junho. Festa junina. Bandeirinhas e fogueira. Sempre tinham uns 2 ou 3 convidados que vinham de “caipiras”.

O filme nunca vi. Nascido em 4 de julho. Ta no meu hd, esperando.

Canceriano convicto. Emotivo (chorão), impulsivo, teimoso (tem que ser do meu jeito e oqueémeuémeueponto), tentando ser “legal” com todo mundo.
Com uma opinião pra tudo. A mãe, dentista, nunca fez um tratamento nessa boca sem ter que ouvir uma opinião de por onde era melhor começar a cutucar o dente.

Nascido em 4 de julho. Se achando sempre, mesmo no meio de todos, um pouco sozinho.
Criando mundos ao redor, sumindo, achando que não vão entender.

Gosta de cantar. De encantar. Não toca nem canta como um “músico” (sem falsa modéstia) mas adora isso. Aprender a tocar uma música, aprender a cantá-la, é como aprender um feitiço. Que pode causar diversos efeitos. Que pode tirar as pessoas do seu estado e colocá-las em outro. Só gosta de cantar apaixonado. Chora quando canta algumas coisas. Tem medo de cantar outras.

Nascido em 4 de julho.
Tem dificuldade com toque. Tem melhorado, mas ainda se assusta com o toque espontâneo, suave, e tenta logo dominá-lo. Se desarma pouco.
Caranguejo né, gente. Se olhar de frente tem duas pinças mas se pegar do jeito certo você desarma o bicho. Aí ele mostra o que tem pra mostrar. Coisa pouca, minha gente, uma cobertinha de lã.

Tem duas visões. Com óculos e sem. Dos 24 invernos, recém completados, passou 17 atrás das lentes. Quando vieram as de contato, começou a se sentir bonito. Não usa sempre, com medo de perder o efeito. Guarda pra cena, pra luta, pra corrida, pro palco, pra tentativa de conquista. Só quando guerreiro ou bardo.

Gosta de boas histórias. De bons vilões. De bons heróis. Mas também de tons de cinza.
Mente mal, apesar de ser um enrolador nato. (Acho que nunca consegui enganar alguém de verdade).
Fala, às vezes, em 3° pessoa e, às vezes, falo em 1°.
Gosta(o) de jogos linguísticos. Usa muitas vírgulas. 

Nascido em 4 de julho. Passou mais um. Sempre diferente. As festas ficaram menos freqüentes. Não que esse tenha sido ruim. Pelo contrário. Até ganhei um almoço.

Quando corta o bolo, sempre pede, de alguma forma, companhia.
(olha o perigo! se contar o pedido ele não acontece!)
Pra se livrar da solidão que enfiou na cabeça ser mais necessária do que é.
Recebe sempre muito carinho, mas não consegue administrar direito, guarda pouco pro inverno, gasta na hora. Reconhece pouco demonstrações alheias de afeto e acaba chateando e afastando os outros por isso.

Um menino. Com manias de velho. Com mania de se achar velho e de se meter em tudo.
Sonha. Gosta de dormir (mas dorme pouco, porque gosta de ficar acordado). Come muito doce. Adora se sentir bobo, mas não gosta de se sentir idiota.

Sinto saudades de muita coisa. E olho pra frente querendo paz de espírito pra sustentar as conquistas, firmeza pra atravessar as tempestades e loucura pra me manter em equilíbrio dinâmico.

Nascido em 4 de julho. Com muito chão pela frente.

Com amor.
Cauê


19.6.11

O homem de paletó e bons sapatos

O homem de paletó e bons sapatos faz barulho.
Sua mão treinada busca latas no fundo da lixeira amarela. 
Uma após a outra. Conquistas vazias, sem nenhuma expressão de vitória, satisfação ou insatisfação.
Vira no chão o resto de coca-cola, que é nada.
Descarta um canudo, que é nada.
Fica só com a moeda de troca.
As abelhas não o estorvam.


Mesmo havendo outras lixeiras, o homem de paletó e bons sapatos procura somente nessa.
Será que ele lê? 
E vai atrás somente da palavra "metal"
Ou talvez saiba que a cor amarela nos cestos de lixo significa "metal".
Será que sabe o que é "metal"?
Ou só está condicionado a compreender que, por algum hábito estranho, as pessoas jogam latas sempre naquela lixeira da ponta direita?


O homem de paletó e bons sapatos (talvez não tão bons, se você olhar bem) caminha de uma lixeira para outra. No caminho espia de soslaio um cesto de lixo avulso, preto, e nada encontra.
"Bem treinada essa gente", talvez ele pense, "só joga latas em cestas amarelas"
O que facilita o trabalho do homem de paletó e bons sapatos.


Ele passa na minha frente. Sacola branca nas mãos, resoluto, paletó e corpo surrados.
Vai embora.
Vai fazer pão de lata.
O que o faz ser homem?



15.6.11

1.

Tons de cinza.
Mais para o lado da claridade. Cortados por uns relances desbotados de verde musgo.
Tráfego leve, abafado pelo vidro fechado. Água fervendo. O movimento suave do rabo da gata preta.
Otávio sentado na janela do apartamento.




Roupa de ficar em casa, do sétimo andar, olhando pra fora (mirando pra dentro) mal nota a tarde de domingo passando lá fora.
Intrigado com o roberto freire, levanta com o livro na mão, dedo médio marcando a página, e começa a caminhar com um passo meio torto (de quem ficou sentado tempo demais) por sobre livros, mesa de centro, papéis, desviando do sofá.

A gata acompanha com olhos amarelos e preguiçosos, a travessia.

Chegando até a caixa de feira no canto da sala, onde estão os lp’s herdados do tio, ele abaixa, fuça por algum tempo até achar o vinil duplo procurado. 
Com o indicador da mão que segura o livro corre a lista de músicas até achar: disco 2, lado a, 4ª faixa.
Bate no botão do toca discos. Abre tampa.
Agulha no vinil.

O seu amor
Ame-o e deixe-o
livre para amar

O seu amor 
Ame-o e deixe-o  
ir aonde quiser

O seu amor
Ame-o e deixe-o brincar
Ame-o e deixe-o correr
Ame-o e deixe-o cansar
Ame-o e deixe-o dormir em paz

O seu amor
Ame-o e deixe-o
ser o que ele é

Escuta tudo em pé. Encarando o disco girar. 
Não o agrada muito o andamento da música.
Mesmo assim, abre o livro. Repassa a análise: “através de um jogo inteligente e preciso de linguagem, faz confundir o seu amor (objeto) com o seu amor (sentimento)”

Fecha o livro olha pra janela.
As palavras dos doces bárbaros rebatendo na cabeça com as do roberto.

Re-lê na contracapa:
“Declaração do amante anarquista:
Porque eu te amo, tu não precisas de mim. Porque tu me amas, eu não preciso de ti. No amor, jamais nos deixamos completar. Somos, um para o outro, deliciosamente desnecessários.”
Já leu essa frase, dois anos atrás e havia feito todo sentido do mundo.
Relembra com o corpo sensações, cheiros, sorrisos, pele.


Sente o roçar da gata passando entre as pernas.

Lembra que esqueceu da água no fogo.
Se desvencilha desse paradoxo e corre pra cozinha, desliga o fogão, vê que metade da água evaporou.

Mesmo assim, despeja a água pouca na xícara que já havia sido preparada com dois saquinhos de chá de erva doce.

Põe a chaleira na pia. Volta à sala, xícara sendo assoprada numa mão, livro na outra, vai se acomodando na janela. Senta. A gata deita enrolada na sua frente.
Ele, com a sensação de outra pele registrada no peito.
Volta a olhar pela janela.
Sopra o pouco chá, faz carinho na gata.

É.
Vamos nós.




11.6.11

Não pensar

Fiz um novo som: 


Helena


em
myspace.com/musicanajanela

9.6.11

O que não adianta esconder

"Há meros devaneios tolos a me torturar"

8.6.11

Próxima lição

Outra da Tiê. Só dá pra ver esse clipe nesse link, pelo youtube não rola
http://www.cifraclub.com.br/tie/dois/

Se Julieta fizesse canção




6.6.11

E algum remédio que me dê alegria.

Mal comecei a ler o Barthes (tipo, faz uns 19 segundos), e já desando a citar trechos do livro.


"4. Como ciumento, sofro quatro vezes: porque sou ciumento, porque me reprovo de sê-lo, porque temo que meu ciúme machuque o outro, porque me deixo dominar por uma banalidade: sofro por ser excluído, por ser agressivo, por ser louco e por ser comum."


hum. 
Já está fazendo efeito.

2.6.11

Música na Janela

Lançando o novo espaço:
http://www.myspace.com/musicanajanela


Gravei "O quereres" do Caetano Veloso

A gravação tá bem tosca, tô com sono e o agudo tá foda.


Mas é o que tem pra hoje.


(ATUALIZAD - 06/06 : Tirei a música. O refrão tava irritante, depois gravo de novo)

31.5.11

Desassossego

caralho







30.5.11

Ver-ter, parte II [ou] Gratidão

Aquele que me provoca, a bailarina, a viva voz, o “agressor de moda”, meu “pai” e o Daniel (hehe). Também o baixo que trovoa.

Eles vertem.
Eu verto.
Nós vertemos. Nos ver-tendo.

Seguem, bravos, carregando seus baldes pra encher um pouquinho dessa paisagem.
Com a obstinação do amante.
Maduros, belos, sagazes.

Engraçado como essa “brincadeira” de dizer: “vou (ver[]ter)”, tem força.
Eu dizia pra algumas pessoas: “vou dançar na peça de uns amigos”, “vou participar de uma intervenção”.
Não bastava.
Único(s) verbo(s) que descreve(m) essa expressão de vida: (ver[]ter).
Já escrevi sobre isso. Verbo humano é verter.

Sou grato, como artista, como gente.
Pela coragem, pela generosidade, pela sinceridade despretenciosa.

Por me darem esse beijo delicioso e esse tapa na cara.

Mais um pedaço de arte e vida que vocês destilam e que admiro. Adoro o Chalaça, vi o     D°Pedro 3 vezes, tenho problemas com o Pato (o que já gerou uma discussão acalorada com o Carlos, pela minha falta de tato ao abordar o assunto) e não tenho palavras pra descrever como amei a Quimera (Nem tive forças para aplaudir. Levei mais de 10 minutos pra começar a voltar para o mundo. Não que eu já tenha me recuperado...) Já queria verter a Quimera antes de “verter” ter o sentido que tem hoje.
E mais uma vez vocês me pegaram de jeito.

Sou grato por me acolherem em algo que é tão querido por vocês.
E eu, moleque, do lado de vocês, querendo fazer, querendo ter idéias (meio grude até...).
Eu precisava. Esfreguei uns vidros, carreguei uns monitores, montei o pornô, mas ainda assim estou em divida com vocês. Por esse presente. Por essa lembrança viva de arte.

Saio do (ver[]ter) querendo dançar mais, fazer mais música, olhar mais pro mundo, ser menos preguiçoso e menos possessivo.
Levo vocês comigo, cada vez mais.

Commediens, muito obrigado.
Muito obrigado. 




























Cia. Les Commediens Tropicales



27.5.11

Relato ébrio (com um vontade de um bom beijo)

Eu meio freak, anos 70, bêbado. São 4h30 e quis fazer um relato. Voltei pra casa com a consciência de que não é na fricção que vou encontrar sossego.
Bêbaso ( Ô acento sifícil de acertar) Deixa o erro. Bebendo água em um tuppeware (os copos tão pra lavar) comi um paçoca pra ver se a glicose facilita meu dia de amanhã (vulgo daqui a 4h - são 4h37, só praq constar) deixa o erro...
Traqbalho e tudo  mais, não to fazendo cena. To bêbado e quis escrever pois é esse o pique. Pinga pra cacete, a amnanhã vai dar aquela purta ressaca, vou jogar com os meninos, se tudo der certo, vou ver-ter (preguiça dos parenteses e das chaves)...


É isso, quis fazer um relato, Aproveitar que o álcool tomou algumas funções er alguns limites pra poder escrever livremente uma prosa.
Essa virada de semana, mudou  muita coisa. A cabeça não manda no sangue. Não manda nas v[iceras. O que pertence ao indi´sivel, indisível é.
 Não se faz uma sonata somente pensando na p-artitura. Não se faz poesia pensando na métrica.][Não adianta e não tem pinga  (ou cachaça, diriam alguns) que mude isso. O que é da vícera, da pele, nela permanece. Não dá pra fingir. Vamos aboolir o fingimento. Vamos ser sinceros. Maravilha do álcool, que põe o que é verdadeiro para fora ( os japoneses diriam que é o fogo) Amanhã vou reel isso e dar risada pensar em apagar, fivar meio sem graça, tentar reescrever. Deixa assim Cauê!!!


O textop que minha mente sóbria quer escrever se chama: E o Cauê? CAdê? Esse tem o nome que tiver. Tô bêbado e assim quis escrevere. Pois foi uma alegria não fazer disso uma desculpa pra nãoser sincero. Não quero me friccionar por aí a toa. Só quero sinceridade. Amo o que amo. (000E quem amo sabe que amo). Não preciso ficar provando isso, inventando mais do que é. Essa semana fiz uma drenagem linfática energética. Foi muito importante. Uma terapia pra me ajudar a me lembrar do que importa. Não posso ficar fingindo.(salve pedrão, tati, hosana, paula e paulinha e outros que me lembrar dessa verdade)


(Cauê, não fica com vergonha do que esse seu eu bêbado escreveu. Isso também é você. Deixa rolar. Não apga essa porra!!!)




Hehe. 
To faz alguns dias pensando em escrever pro blog mas me falta um "Assunto". Por que precisa ser algo. "Vamos só rodar", não é isso. Esteja bêbado, ou melhor, embriagado, enebriado. Divirta-se. Enquanto dá.




Cada beijo é um beijo. Não queira mais do que isso. Cada passo é um passo. Não invente moda. (vocês já perceberam que eu tô escrevenso isso pra mim mesmo. Um recado que esse nobre vagabundo que é o meu eu bêbado queria mandar pro meu eu sóbrio).
Aiai
Cheguei no ponto do "Eu amo vocêis" (bebe mais água do tuppeware que amanhã vvai ser phoda_)






Meus joelhos bambos. Minha breve alegria desprtensiosa. Aiia. bêbado. é o que estou.  Essa é a prosa da vez.


Pra me lembrar que não adianta estressar. Gastei a paciência de vocês. Amo. 


a pequena sabe. E qgora é tocar pra frente. Não ficar preso no que já não dá mais. Não fingir que consigo suprir minhas víceras com fingimentos. Ser sincero. Ser íntegro. Se divertir como der. Sorrir (ôôô jogo da pinga)


Eu tô feliz. 
Tudo vai se acertando. Vou ver-ter, logo mais.
Minha cabeça trovoa. Vejam o post com a música do maurício pereira.
Acho que por hoje é só. (mesmo pensando que eu poderia escrever pra sempre agora- como o nijinski - comecei a ler os diários dele)


Como é bom amar. Com sinvceridade. 
como é bom ser sincero e integro (sem acento, já passou, mal aí) 
Um bom beijo. De boas bocas. Daquilo que tenho, Dessse instante único
Desejo a todos, boas noiteds e dias. Desculpem pelos errros. Dá preguiça corrigir tudo; Não é necessário. Me netendam. S eentendam.
Beijos
Bons.
Boa noite (ou bom dia (afinal ão 5:00 da madruga)