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22.10.11

Uma nova cara

Pra lembrar que a gente se transforma.
Porque novos olhares sobre nós nos afetam.

Porque hoje estou em paz.

Ich bin der Wind.


13.10.11

A seta e o alvo

(Paulinho Moska)

Eu falo de amor à vida
Você de medo da morte
Eu falo da força do acaso e você de azar ou sorte
Eu ando num labirinto e você numa estrada em linha reta
Te chamo pra festa mas você só quer atingir sua meta.

Sua meta é a seta no alvo, mas o alvo na certa não te espera.

Eu olho pro infinito e você de óculos escuros
Eu digo te amo e você só acredita quando eu juro
Eu lanço minha alma no espaço
Você pisa os pés na terra
Eu experimento o futuro e você só lamenta não ser o que era

E o que era? Era a seta no alvo, mas o alvo na certa não te espera.

Eu grito por liberdade
Você deixa a porta se fechar
Eu quero saber a verdade, você se preocupa em não se machucar.
Eu corro todos os riscos
Você diz que não tem mais vontade
Eu me ofereço inteiro e você se satisfaz com a metade

É a meta de uma seta no alvo, mas o alvo na certa não te espera.
Então me diz qual é a graça de já saber o fim da estrada quando se parte rumo ao nada?





2.10.11

Quase o anjo


Sou o vento.

Uma faca girando no espaço entre o arremesso e o alvo.
O impacto do acerto.

Saltando entre o instante e o não. Entre o agora e o que será.

Meu desejo é rasgar o finito.
O que transborda o corpo e precisa se dançar.
O punho cerrado no tronco de uma árvore.

Uma explosão. Os pedaços caindo um a um.           
O dedo em frente a boca que pede silêncio.

O outono que precisa chegar.