Sou o vento.
Uma faca girando no espaço entre o arremesso e o alvo.
O impacto do acerto.
Saltando entre o instante e o não. Entre o agora e o que
será.
Meu desejo é rasgar o finito.
O que transborda o corpo e precisa se dançar.
O punho cerrado no tronco de uma árvore.
Uma explosão. Os pedaços caindo um a um.
O dedo em frente a boca que pede silêncio.
O outono que precisa chegar.