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5.2.15

sendo/senda/sendo-a

(Palavras escritas em 2012, que me remexem de volta)

O mundo diz que ela atropela as coisas.
O mundo que vê cada um dentro de uma caixa colorida de uma marca, rodovia veloz e quem vem de través vira cachorro morto.

E ele que só vai a pé, vive errando os caminhos por aí.

Ela que não sabe como vai, erra por vez, tem vez que não.

Ele que quando vê o tempo esfriando acende um fósforo e acha o suficiente, que sai de bermuda, de saia, de casa em casa e que vai acabar morrendo de frio ou de atropelamento.

Ela não quer fazer nada. Comer andar escovar os dentes limpar a bunda fazer bem ou mal pra ninguém que cada um só quer ver as coisas do seu jeito. Cada um só quer dizer o que acha melhor porque é bem fácil falar.
Todo mundo responde sua pergunta.
Todo mundo emite uma opinião, apresenta sua questão, justifica seu argumento por que daquela vez eu isso e aquela prima minha porque ele ta sofrendo demais eu acho mesmo que essas coisas levam tempo e de repente ele é só mais um deles com suas repetições e ela está sozinha de novo e nem ela faz sentido.

Ela que é uma arma de destruição em massa engatilhada não sabe onde mirar.
Parece engano, parece certeza, parece verde, às vezes respira.

Eles (ele ela ele elas) quem determinam as viradas. Que podem flexibilizar ou tencionar. É um jogo que se reinventa o tempo todo.
Amo a frase final do “Brilho eterno de uma mente sem lembranças” Ela diz: “Eu sou só uma garota com uma cabeça bagunçada procurando alguma paz de espírito”. E ele fala: “Ta bom”

Tem horas que penso "eu sou só um cara com uma cabeça bagunçada procurando alguma paz de espírito"

E preciso eu falar pra mim mesmo: "Tá bom"
Relaxa