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30.5.11

Ver-ter, parte II [ou] Gratidão

Aquele que me provoca, a bailarina, a viva voz, o “agressor de moda”, meu “pai” e o Daniel (hehe). Também o baixo que trovoa.

Eles vertem.
Eu verto.
Nós vertemos. Nos ver-tendo.

Seguem, bravos, carregando seus baldes pra encher um pouquinho dessa paisagem.
Com a obstinação do amante.
Maduros, belos, sagazes.

Engraçado como essa “brincadeira” de dizer: “vou (ver[]ter)”, tem força.
Eu dizia pra algumas pessoas: “vou dançar na peça de uns amigos”, “vou participar de uma intervenção”.
Não bastava.
Único(s) verbo(s) que descreve(m) essa expressão de vida: (ver[]ter).
Já escrevi sobre isso. Verbo humano é verter.

Sou grato, como artista, como gente.
Pela coragem, pela generosidade, pela sinceridade despretenciosa.

Por me darem esse beijo delicioso e esse tapa na cara.

Mais um pedaço de arte e vida que vocês destilam e que admiro. Adoro o Chalaça, vi o     D°Pedro 3 vezes, tenho problemas com o Pato (o que já gerou uma discussão acalorada com o Carlos, pela minha falta de tato ao abordar o assunto) e não tenho palavras pra descrever como amei a Quimera (Nem tive forças para aplaudir. Levei mais de 10 minutos pra começar a voltar para o mundo. Não que eu já tenha me recuperado...) Já queria verter a Quimera antes de “verter” ter o sentido que tem hoje.
E mais uma vez vocês me pegaram de jeito.

Sou grato por me acolherem em algo que é tão querido por vocês.
E eu, moleque, do lado de vocês, querendo fazer, querendo ter idéias (meio grude até...).
Eu precisava. Esfreguei uns vidros, carreguei uns monitores, montei o pornô, mas ainda assim estou em divida com vocês. Por esse presente. Por essa lembrança viva de arte.

Saio do (ver[]ter) querendo dançar mais, fazer mais música, olhar mais pro mundo, ser menos preguiçoso e menos possessivo.
Levo vocês comigo, cada vez mais.

Commediens, muito obrigado.
Muito obrigado. 




























Cia. Les Commediens Tropicales