Aquele que me provoca, a bailarina, a viva voz, o “agressor de moda”, meu “pai” e o Daniel (hehe). Também o baixo que trovoa.
Eles vertem.
Eu verto.
Nós vertemos. Nos ver-tendo.
Seguem, bravos, carregando seus baldes pra encher um pouquinho dessa paisagem.
Com a obstinação do amante.
Maduros, belos, sagazes.
Engraçado como essa “brincadeira” de dizer: “vou (ver[]ter)”, tem força.
Eu dizia pra algumas pessoas: “vou dançar na peça de uns amigos”, “vou participar de uma intervenção”.
Não bastava.
Único(s) verbo(s) que descreve(m) essa expressão de vida: (ver[]ter).
Já escrevi sobre isso. Verbo humano é verter.
Sou grato, como artista, como gente.
Pela coragem, pela generosidade, pela sinceridade despretenciosa.
Por me darem esse beijo delicioso e esse tapa na cara.
Mais um pedaço de arte e vida que vocês destilam e que admiro. Adoro o Chalaça, vi o D°Pedro 3 vezes, tenho problemas com o Pato (o que já gerou uma discussão acalorada com o Carlos, pela minha falta de tato ao abordar o assunto) e não tenho palavras pra descrever como amei a Quimera (Nem tive forças para aplaudir. Levei mais de 10 minutos pra começar a voltar para o mundo. Não que eu já tenha me recuperado...) Já queria verter a Quimera antes de “verter” ter o sentido que tem hoje.
E mais uma vez vocês me pegaram de jeito.
Sou grato por me acolherem em algo que é tão querido por vocês.
E eu, moleque, do lado de vocês, querendo fazer, querendo ter idéias (meio grude até...).
Eu precisava. Esfreguei uns vidros, carreguei uns monitores, montei o pornô, mas ainda assim estou em divida com vocês. Por esse presente. Por essa lembrança viva de arte.
Saio do (ver[]ter) querendo dançar mais, fazer mais música, olhar mais pro mundo, ser menos preguiçoso e menos possessivo.
Levo vocês comigo, cada vez mais.
Commediens, muito obrigado.
Muito obrigado.